Elektro, a melhor empresa para trabalhar em 2012
A empresa, que distribui energia na região de Campinas,
passou por mudanças, mas elas não abalaram sua política de gestão de pessoas
Ursula Alonso Manso, da
Campinas - A Elektro,
distribuidora de energia com sede em Campinas (SP), passou por mudanças
profundas em 2011. Mas nada que abalasse sua consolidada política de gestão de
pessoas e
a motivação de seu time, que permitiram a ela despontar na posição mais
cobiçada entre as companhias deste Guia, levando para casa o troféu de melhor
empresa para trabalhar no país de 2012.
As transformações de 2011 começaram pela troca
do comandante. O executivo Carlos Ferreira deixou a presidência da Elektro e,
em setembro, Márcio Fernandes assumiu sua cadeira.
Ex-diretor administrativo, Márcio era o sucessor
número 1 de Carlos Ferreira e sua ascensão ao cargo de presidente foi vista
pelos funcionários como um processo de continuidade. Mais do que isso, um sinal
de coerência entre o que a Elektro prega e o que faz, já que nem para ocupar
seu mais alto posto a empresa recorreu ao mercado.
No início de 2012, poucos meses depois de
assumir a presidência, Márcio rodou mais de 10 000 quilômetros em 17 dias,
participando dos chamados Encontros Elektro, para falar aos empregados não só
dos planos da companhia, como também de engajamento e valores. Com mais de 2
milhões de clientes, a distribuidora de energia está presente em 223 cidades do estado
de São Paulo e em cinco municípios de Mato Grosso do Sul.
Outra mudança se deu na composição acionária da
Elektro. Em abril de 2010, a Empresa Paranaense Comercializadora Ltda. (EPC)
vendeu o controle do capital da Elektro para o grupo espanhol Iberdrola. Na
prática, a chegada do novo dono foi vista com bons olhos, já que na Elektro não
havia a possibilidade de se fazer carreira internacional.
“As vagas do grupo em todo o mundo estão sendo
divulgadas para todos, e já temos o primeiro brasileiro que foi ocupar uma
posição no exterior por meio de processo de recrutamento interno global”,
afirma o gerente executivo de recursos humanos, Carlos Alberto dos santos.
A movimentação interna é uma das políticas mais
eficientes na Elektro. No Brasil, 86% das vagas abertas em 2011 foram
preenchidas dessa forma, ante 64% de aproveitamento em 2010. A empresa opta por
abrir o processo mesmo para posições que têm sucessores mapeados.
“Já nos deparamos com o caso de um sucessor para
dois ou três anos que estava mais bem preparado que o sucessor imediato — ele
acabou ficando com a vaga”, diz o gerente de RH. Criado em 2007, o recrutamento
interno abrange todos os níveis hierárquicos e, ano a ano, vem ganhando
maturidade.
Em 2012, por exemplo, uma nova ferramenta passou
a direcionar as vagas de interesse de cada um. A partir do momento em que o
funcionário cadastra seu currículo e aponta as oportunidades nas quais tem
interesse, ele não precisa sequer consultar a intranet da Elektro diariamente.
Assim que surge a vaga, ele recebe um e-mail informando sobre o recrutamento
para a posição aberta. “Eu conquistei o cargo de gerente executivo por meio do
recrutamento interno”, diz um gestor.
Para os chefes, os workshops de liderança
acontecem desde 2009, anualmente, sempre com novidades. Em 2011, a Elektro
levou um ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Rio de
Janeiro, para falar a 150 líderes, de coordenadores ao presidente. Em 2012, a
surpresa foi ainda maior. A companhia escolheu uma creche de Campos do Jordão,
em São Paulo, para seus líderes reformarem em apenas dois dias.
“A
Espanha está em crise, certo? E nosso controlador agora é um grupo espanhol.
Então tínhamos verba reduzida para a tarefa, precisávamos arrecadar material,
economizar, contribuir com outras áreas e aprender a trabalhar em equipe com
recursos escassos”, diz um gestor. Além disso, os novos gerentes também passam
por programa de coaching para acelerar o processo de integração ao cargo e são
desenvolvidos para incentivar os conceitos de responsabilidade e protagonismo
em suas equipes.
“Não queremos funcionários que façam apenas o
que mandam. Eles podem até se negar a realizar alguma atividade quando avaliam
que não há condições de segurança”, afirma Carlos Alberto. Isso significa que o
eletricista da Elektro tem total autonomia de tomar decisões no dia a dia de
seu trabalho, sem esperar por ordens do chefe.
Os profissionais da Elektro têm planos de
desenvolvimento individuais. Em 2011, a companhia investiu 6,5 milhões de reais
em programas de treinamento e desenvolvimento para suas equipes. Os
investimentos em inovação e tecnologia também não ficam atrás. Desde 2011, foi
adotado um simulador para treinar virtualmente os empregados responsáveis pela
instalação de postes, que antes precisavam aprender o trabalho literalmente
abrindo buracos no chão.
Única distribuidora no Brasil que realiza
inspeção da rede aérea com helicópteros tripulados, a Elektro também já está
testando um mini-helicóptero dotado de câmera e operado por controle remoto
para efetuar o serviço. Ano sim, ano não, a avaliação de desempenho ocorre no
modelo 360 graus.
O Programa Geração Futuro visa identificar,
entre os funcionários que se destacaram na avaliação, aqueles com
características de inovação, empreendedorismo e protagonismo para participar de
um plano de desenvolvimento acelerado. São 30 vagas por ano e, ao final, a
pessoa está pronta para assumir posições de liderança.
“Ou de especialista, conforme seu interesse, uma
opção que foi incluída no programa em 2011”, diz Carlos Alberto. Os três
profissionais com melhor desempenho durante o programa são, ainda, reconhecidos
e premiados com bolsa para MBA ou especialização, programa de coaching e cursos
de curta duração. O subsídio da Elektro para Ensino Médio, cursos técnicos,
graduação, pós e MBA chega até a 60% do valor da mensalidade e beneficia 76
pessoas. Para os cursos de inglês online, são 100%, extensivos, até mesmo, para
as famílias dos empregados.
PONTO(S) POSITIVO(S)
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PONTO(S) A
MELHORAR
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A qualidade de
vida é uma preocupação da companhia e a meta de zero hora extra é levada a
sério por todos - o presidente sai as 17h.
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A ginastica
laboral não existe em todas as unidades e, segundo os funcionários, a rede de
médicos credenciados no plano de saúde já foi melhor e maior.
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Fonte:
http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/17102/noticias/elektro-a-melhor-empresa-para-trabalhar-em-2012?page=2
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